Na correria do dia a dia não
percebemos fatos corriqueiros que acontecem na nossa vida, como levar o filho à
escola. Foi num desses dias que o observei atravessar a rua com o seu amigo,
ambos com dez anos de idade, e pensei: eis
aí o futuro da humanidade.
Se analisarmos que todas as crianças
são adultos em potencial e que deviam ser trabalhados desde a infância, vemos
então uma futuro incerto. Porque vários fatores influenciam nesta correlação.
Trabalhando com a condicional “se”,
diríamos que a escola, enquanto aprendizagem possui um papel importante: trabalhar
a criança individual ou coletivamente as potencialidades (de acordo com a
possibilidade/necessidade) como a autoestima do infante. Se a escola
conseguisse trabalhar essas potencialidades, teríamos adultos-cidadãos e
trabalhadores compromissados com o mercado de trabalho futuro. Então, o papel da escola, enquanto
aprendizagem é sim relevante. Mas o papel mais importante e primordial no desenvolvimento das crianças é a
participação dos pais enquanto família.
Há uma grande confusão entre
educação e aprendizagem.
Não
podemos esquecer que a educação vem de berço, de casa, da família. Enquanto, a
aprendizagem, da escola com a colaboração
dos pais nesta árdua tarefa que é ensinar.
No entanto, o que acontece hoje é a
desfragmentação da unidade familiar. Pais que “acham”, na melhor forma do
achismo, que gritar é educar; que bater ou espancar é educar; que trocar o
leite das crianças por cigarros, bebidas alcoólicas ou entorpecentes, para
depois mendigar auxílio social do governo é criar filhos. Sem contar na
violência atroz que vemos todos os dias nos jornais.
Por conta disso, vemos adolescentes imersos em problemas psicoexistenciais devido à convivência com pais neuróticos e irritados. Desestabilizados emocionalmente para educar seus filhos, geram jovens que se tornam adultos mal-humorados, tímidos, fechados. Uma vez que todas as reprimendas, observações e advertências, têm por intuito a censura, humilhação, estigmatização. Famílias desestruturadas, lares destruídos pela incompreensão. O único caminho que encontram é o das drogas.
Estamos vivendo uma inversão de
valores, onde a própria sociedade criou um paternalismo absurdo. Vemos, pois,
esses “pais” transferirem sua tarefa, eu diria dever de educar ao Poder
Público.
E então, onde ficariam as
potencialidades que deveriam ser trabalhadas nas crianças que seriam o futuro
da nação? Há quem diga que a culpa é do governo, seja federal ou estadual, pois
o sistema de ensino utilizado hoje, não atende a estas expectativas. Mas, não
podemos nos esquecer de que estamos trabalhando com a partícula condicional
“se”. Há outros fatores que interferem nesta proposição, o fator renda, social,
familiar, mídias sociais, dentre tantos outros.
Entretanto, esses fatores não deveriam
criar empecilhos para que os pais deixem de educar seus filhos. O abandono dos
pais na educação dos seus rebentos gera criaturas excluídas e marginalizadas
nos crimes, tráfico de drogas ou no próprio consumo dela.
Precisamos de pais que tenham força
de vontade e que se esforcem hoje para que seus filhos sejam realmente o futuro
de uma nação.
Ter filhos não é obra do acaso, não
é apenas reprodução de seres humanos. É acima de tudo a parcela de
responsabilidade de cada um na obra da criação. Deus nos dá a árdua tarefa de educar para que
possamos trazer a criatura que está sob nosso cuidado, enquanto filhos, para o
caminho do bem e não podemos falhar na formação desses seres que nos são
enviados. Plantemos o amor, para termos bons frutos na colheita.
Uma
corrente do bem, adira a essa ideia!
Por Glau Tambra
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