A grande maioria dos leitores brasileiros, digo maioria, porque há exceções, tem preconceito contra o autor nacional. Não sei se devo, mas vou confessar que eu também possuía certa restrição. Graças a Deus, abri meus olhos a tempo e descobri verdadeiras preciosidades na Literatura Brasileira. E hoje sou mais fã dos escritores nacionais que dos internacionais.
Meu mais novo achado foi o jovem escritor baiano Robson
Gundim. Jovem pela idade e jovem também na carreira. Mas de um talento para
poucos. Talento para a escrita e talento para as ilustrações que fez da sua
própria história.
Vamos deixar de lero-lero e
ir direto ao que interessa? Para os amantes de filmes como Piratas do Caribe, trata-se de uma odisseia marítima, denominada “Entre
o Céu e o Mar”. É uma aventura dos irmãos Annette e Vasseur Legrand que seria
digna de Hollywood, com absoluta certeza.
Uma frase que me encantou, logo de início: “Nas janelas de sua alma, força e coragem
eclodiam sem cessar”. Já denota a força do personagem e a que veio.
A história se inicia nos montes Apuseni, na Transilvânia, para
onde fui levada a uma paisagem surreal e a uma época que me deixou maravilhada
pelas roupas e costumes de 1670 (adoro filmes e histórias épicas). E, quando
menos espero, estou eu dentro de uma nau a caminho de San Juan. Numa trama
espetacular.
O enredo, a trama e os personagens nos envolvem de tal
maneira que me senti, na
verdade, Annette desbravando os mares da América
Central. Senti o fedor do porto de
Tortuga, vi a Taverna com seus detalhes que me fizeram coçar o nariz por
diversas vezes e ainda estive na ilha de Isla Desecheo, fiquei em pânico quando
quase caí no Abismo do medo: “Eles foram encaminhando pela borda circular
do buraco, enquanto Annette esperava a subida Vasseur. A ventania açambarcava
no seu alcance, vibrando-lhe o corpo e a alma. Abismo do medo... Do fundo da
coisa — se é que abismo tinha fundo — subia em ecos profundos a canção preamar...
E de repente, percebeu sob sua distração os pés de Vasseur a escorregarem”.
Aí ficamos em uma torcida, quase organizada, em ajudá-los a se livrar da enrascada que se meteram e, em muitas vezes, até
opinando mentalmente o que poderiam fazer. Está é a melhor parte, quando
mergulhamos de cabeça na história.
Enfim, impressiona pelos detalhes,
e as pontas soltas não atrapalham e não depreciam, pelo contrário, nos fazem
pensar e querer outro volume para que saciemos a nossa vontade de saber o que
aconteceu!
E os desenhos que ilustram o livro, não precisariam de
palavras, pois eles
falam por si. Demonstram o talento do jovem escritor.
Bom, não vou ficar aqui revelando a vocês o ápice desta
magnífica história, pois posso garantir que se trata de uma aventura e tanto.
Quero agradecer esse escritor, pelo talento e
pelo presente que pode contribuir para a Literatura Nacional. Com um futuro
promissor, esse autor promete!
Entre o Céu e o Mar é uma história que mexeu comigo; Annette Legrand ficará para sempre em minha memória.
Vale a pena conferir!
Nota final para enredo, trama e afins: 9,0
Nota final para as ilustrações: 10,0
Por Glau Tambra
Aguardando com ansiedade meu livro "Entre o Céu e o Mar" chegar. Tenho certeza de que a leitura será maravilhosa, pois Robson Gundim escreve como poucos. E sua resenha me deu mais vontade ainda de ler essa saga dos mares. Parabéns!!!
ResponderExcluirMuito gratificante saber que a trama envolveu a tripulante. Devo agradecer a Glau Tambra pelo carinho e apoio, bem como os demais colegas e toda a equipe do blog. Com certeza será um sucesso!
ResponderExcluirAbraços,
Robson Gundim