A vida nos prega cada peça.
Acreditar em destino ou no acaso?
Aconteceu na primavera passada,
aquelas primaveras quentes com cara de verão, quando participei de um congresso
de Medicina Cardiológica. Aquela viagem ao Recife veio a calhar no momento em
que eu mais precisava me ausentar, além de servir como um elemento renovador de
ânimo, já que o meu humor estava abalado pelo stress que passei nos dias que
antecederam a viagem. Fazia apenas um mês e meio que terminei meu
relacionamento de cinco anos e Jonas não aceitava o fim do namoro ele minava
minhas forças com ameaças, das mais absurdas e eu já não possuía nervos para
aguentar a situação. Decidi aceitar o convite para o Congresso quase que
imediatamente, foi a desculpa que precisei para sair de circulação por algum
tempo. Como o local era bem inspirador, aproveitei também para tirar férias do
trabalho, coisa que há muito tempo eu não sabia o que era e o descanso seria
muito bem-vindo ainda que de poucos dias.
Jonas, posava de bom moço, mas
na verdade era um namorado possessivo e ciumento. Não aceitava o meu trabalho e
não tolerava minhas ausências, pelos inúmeros plantões médicos nos hospitais e
prontos socorros. Inoportuno demais, desconfiado demais, possessivo demais, e
esse demais atrapalhava minha vida, pois exigia minha presença constante ao seu
lado e isso era algo que eu não podia lhe dar, profissionalmente me encontrava
no início de carreira e procurei me dedicar de corpo e alma nela, dividida
entre os plantões nos hospitais e no consultório. O pouquíssimo tempo que me
sobrava eu queria mais descansar, do que namorar e ele não entendia isso.
Enfim, coloquei um ponto final
nesta situação angustiante que me encontrava. O nível do meu stress havia
subido consideravelmente, algo inaceitável para um médico. Eu lidava com vidas
e precisava estar bem para poder resolver os problemas de saúde dos meus
pacientes. A notícia o abalou de tal forma que desesperado, não aceitava o fim
do relacionamento e ameaçava cometer o suicídio se não reatássemos. Não posso
dizer que também não fiquei abalada com as ameaças, a dúvida era: — será que
teria coragem para tanto? Um coração apaixonado seria capaz de cometer loucuras
como aquela? — Essa dúvida me martirizava e a cada dia, ficava mais aflita e
agoniada. Mesmo com toda essa apreensão que ele causara, tornando a situação
mais insustentável do que já estava, pedi um tempo e embarquei para o Recife.
Não sabia o quê o futuro me
reservava e pouco me importava naquele momento com o que poderia acontecer.
Preenchi minha bagagem de fé e munida de coragem, embarquei. Meu único sonho
era salvar vidas, então me despojei de todo aquele mal—estar causado por Jonas e
com o espírito jubiloso, fui apreender os novos avanços da medicina cardiológica
e o que havia de novo no quesito das cirurgias do coração. O congresso
aconteceu no final de setembro com duração de três dias e com certeza
aproveitaria o restante da semana para descansar.
As palestras se iniciaram na
sexta. Os congressistas deveriam checar suas inscrições e credenciais às nove
horas da manhã, enquanto o coffee break
seria servido no mesmo horário. Como fiz reserva antecipada no mesmo Resort que
seria realizada as conferências, não tive problemas de outra ordem. Tive apenas
que chegar e fazer o check-in. Quando o atendente me entregou a papeleta de
identificação para preenchimento, escrevi com muito orgulho: Bruna Vieira, 29
anos, solteira, médica cardiologista. Vim de uma família pobre e batalhei muito
para cursar a faculdade. Depois de uma luta árdua, fui reconhecida e ganhei uma
bolsa de estudos da própria faculdade de Medicina. Foram tempos difíceis contava
até os centavos, mas agora minha situação financeira estava razoavelmente
confortável e já podia me dar a alguns luxos, embora ainda sem exageros, mas
podia permanecer naquele resort maravilhoso o resto da semana.
No segundo dia de conferências
fora abordados temas sobre cirurgias e suas implicações, e a explanação do laboratório
mais importante do país, em relação aos novos medicamentos que estavam sendo
testados e que logo estariam no mercado para uso dos pacientes cardíacos. Uma
inovação na área para amenizar problemas como a insuficiência.
O congresso transcorrera num
piscar de olhos, a última exposição terminou na segunda-feira por volta do
meio-dia. Deixei minhas coisas na suíte, troquei a roupa social por um biquíni,
vesti minha saída de banho, armei-me com revistas e rumei para a piscina do
resort, imaginando que estivesse lotada.
Para minha surpresa, o lugar
estava completamente vazio, o que achei ótimo já que ninguém perturbaria minha paz.
Embora fosse estranho, por ser época de pré-temporada não haver hospedes na
piscina. Será que todos resolveram ir à
praia ou fora uma onda de sorte minha? Meditei enquanto escolhia uma
cadeira solitária lá no fundo da piscina para descansar e fazer uma leitura
para ficar por dentro da moda.
Como
é bom relaxar depois de tanta tensão que se vive. Pensei
nas ameaças que Jonas fazia, eram torturantes e minavam minha resistência. Tinha
plena consciência disso, mas às vezes era inevitável não pensar em ceder a elas
para não sentir a dúvida que perturbava meu coração. Mas ali não era o momento
de pensar em dores e procurei reforçar uma ordem mental de mudar o foco, forcei-me
a não ter pensamentos ruins, não era a ocasião de reviver emoções negativas
como aquelas.
Obedeci a mim mesma e mudei o
pensamento enquanto me ajeitei na cadeira, o garçom já depositava o refresco e
alguns petiscos na mesa ao lado para o meu desfrute e deleite. Procurei distração
nas revistas que trouxera, o calor intenso de Recife me castigava
demasiadamente, não estava acostumada a temperaturas tão elevadas, por isso
acabei adormecendo sob o sol escaldante.
Quando acordei, perdi a noção de
tempo e espaço. Meus olhos abriram devagar e levemente desnorteada não sabia onde
me encontrava. Havia muito tempo que isso não acontecia comigo, sim dormia
pouco por conta dos plantões, mas sempre acordava bem. Olhei ao meu redor e percebi que a revista
estava sobre a mesinha e na cadeira ao lado a uma curta distância estava um moça,
muito bonita por sinal. No meu olhar devia estar um ponto de interrogação
porque ela esclareceu como se adivinhasse meus pensamentos.
— Oi, a revista estava caída no
chão.
Assenti com a cabeça em sinal de
agradecimento.
— Eu estava cansada e dormi de
repente... — tentei me justificar, mas as palavras não vinham.
— Não se preocupe. — ela
ponderou — É normal dormir sob o sol, ele nos deixa apáticos com as pálpebras
pesadas e não conseguimos segurá-las abertas e então adormecemos como anjos de
candura.
O pequeno discurso proferido na sua
voz calma e doce penetrava em meu ser como um raio sacudindo minhas mais
recônditas estruturas. Simplesmente, não conseguia responder, estranhei isso,
pois não era assim. Na maioria das vezes eu era até petulante. O que está acontecendo comigo? Indaguei-me
consternada. A melhor atitude seria recolher-me em copas, como dizia uma
história que li, o meu silêncio era a melhor resposta[1].
A garota não parava de me
observar, ela era de uma beleza estonteante. Suas madeixas loiras emolduravam
seu rosto fino e alvo, lábios vermelhos, seus olhos azuis completavam uma graça
angelical. Uma beleza contraditória, ao mesmo tempo em que beirava a
angelitude, ia ao extremo da sensualidade com suas formas definidas tipo
violão.
Seu olhar era intenso, mas para
mim indecifrável. Talvez eu não quisesse ver o que diziam. Um misto de
desejo... não, não pode ser, eu estou
delirando pelo sol, só pode. Com as
mãos trêmulas peguei a revista novamente e não conseguia me concentrar. Na
verdade, sentia o rubor corar minhas faces, por fazer mau juízo da moça e de
mim também. Meneei a cabeça, tá bom, o
sol afetou meu cérebro e eu sou uma criatura insana. E eu me odiava quando
tirava conclusões precipitadas, porque sempre errava nas minhas predições.
Podia sentir a moça ainda a
observar minhas reações e eu fingi as mais naturais possíveis. Nunca havia
ficado tão constrangida na frente de uma pessoa como hoje, principalmente
tratando-se de uma mulher; para mim era uma situação inexplicável, pois sempre
fui de fazer amizade facilmente. Mas aquele intenso olhar trazia algo dentro de
mim que nunca havia sentido. Decidi fugir e voltar para o quarto seria a
atitude mais apropriada no momento, peguei minhas coisas e enquanto me dirigia
para o hotel, lhe acenei um adeus e saí com o coração embaraçado e o peito
apertado pela encabulação.
Assim que entrei me joguei sobre
a cama e ali permaneci até a hora do jantar relutando contra sentimentos que
afloravam. Refiz-me do que não queria sentir e me preocupei com o jantar. Não
estava motivada para badalar a noite recifense, queria apenas comer e voltar
para o quarto e dormir até me acabar. O sol havia retirado toda a energia que
existia em mim, procurei estender o máximo aquele tempo antes de descer para o
jantar, eu havia programado descer às nove horas. desci para o restaurante,
pontualmente as nove. Mas, o que eu não esperava era que o hotel ofereceria
naquela noite, um jantar dançante. Como
assim gente, um jantar e ainda por cima dançante? Só para acabar com a minha
alegria?, perguntei, não acreditando no que meus olhos viam. Um salão
repleto de pessoas desconhecidas e agitadas. Ambiente totalmente contrário ao
que eu buscava naquele momento, e fiquei perdida ali, caçando uma mesa pudesse
fazer minha frugal refeição.
Havia me vestido informalmente, um
vestido leve, de tecido fino com estampa floral que deixavam as costas à mostra
em um profundo decote. O tecido fino colava na pele suada torneando minhas
pernas conforme eu caminhava, emprestando-me uma adorável sensualidade. Avistei
escondida no canto do salão, uma mesinha e foi para lá que me dirigi depressa
com medo de perdê-la para algum solitário, que como eu vagava pelo salão lotado
de casais a procura de uma mesa. Bom, não era o que eu pensei em fazer naquela
noite, mas até que seria bacana ficar observando aquelas pessoas girarem o
salão ao sabor da música. Era apenas uma questão de diversão, eu não queria
ficar estressada quando podia me deleitar em gargalhadas, levar a vida como uma
brincadeira de criança, esse devia ser o lema de todos pensei conformada.
Abri caminho por entre os
dançantes e também entre os que estavam em pé, não era uma tarefa fácil, e quando
estava quase alcançando, um casal fora mais rápido e se apossaram da mesa que eu
havia destinado ao meu jantar. Permaneci em pé ali do lado me sentindo uma
idiota. Na verdade, senti-me frustrada pela situação, o estomago roncava,
parecia mais um rugido de leão abafado pelo som da musica.
Resolvi que ali não seria o
melhor lugar para degustar um jantar.
Já na calçada do hotel, os
ouvidos agradeceram aliviados sem a música alta, olhei de um lado para outro
sem saber que rumo tomar. Não havia pesquisado restaurantes, porque minha
intenção era mesmo permanecer no hotel. Como o destino prepara a nossa jornada,
observei a situação, mas um pensamento contrário foi inevitável e contestei a
mim mesma: destino? Será que existe? Ou
seria acaso? Eu não tinha intenção de sair e, no entanto, estava ali
fazendo um tour improvisado à procura de um lugar que servisse uma comida
descente. E, pela primeira vez, me sentia perdida naquela cidade, sem saber o
que fazer.
O hotel se localizava na avenida
mais movimentada de Recife que contornava a praia de Boa Viagem, dei dois
passos a direita e parei indecisa. Não sabia se seguia em frente ou
simplesmente iria pelo lado oposto. A indecisão atrasava ainda mais meu jantar
e eu sentia raiva de mim por isso. Quando meu estômago roncava, o meu humor ia
para as cucuias e a chatice tomava conta do meu ser.
Resolvi seguir no sentido que
escolhi anteriormente. Com certeza haveria de achar algum bar ou café eu
encontraria naquela imensa avenida, depois de andar mais três quarteirões
encontrei algo aconchegante. Um barzinho com poucas pessoas, bem acolhedor era
disso que eu precisava no momento, de sossego, quando resolvi esticar minhas
férias. Ali deviam servir algo para comer e aplacar o leão que rugia dentro de
mim.
Escolhi uma mesa no canto e me
aconcheguei. Eu tinha uma vista panorâmica da avenida e ao fundo, de quebra, a
praia. Uma paisagem maravilhosa, as pessoas ainda andavam pelo calçadão que
orlava toda a extensão da enseada. O garçom não demorou em atender deixando-me
o menu, abri direto na página das bebidas. Pensei em pegar um daqueles drinks
com cabaninha, mas a cerveja gelada me ganhou novamente, para completar uma
porção de peixe.
Enquanto o pedido não chegava
fiquei contemplado as pessoas que conversavam nos bancos de passeio instalados
em frente ao bar. Pude notar a felicidade estampada na face, casais enamorados
se abraçavam. A nostalgia tomou conta do meu peito e pensei se havia agido
corretamente com Jonas, não sentia sua ausência, mais pelo costume da
companhia. Mas, nos últimos tempos, o namoro havia virado um inferno, Jonas
cobrava algo que eu não podia lhe dar.
Meus pensamentos foram
interrompidos com o estampido de garrafa sendo aberta, minha bebida havia
chegado. Sorvi a bebida num só gole para amenizar o calor que sentia na
garganta seca. Enquanto saboreava o petisco, um tremor sucumbiu meu corpo, os
pelos da minha nunca se eriçarem, tive plena certeza de que estava sendo
observada. Mas quem?, meditei, por um
instante a possibilidade de ser assaltada. Um medo cresceu no meu peito, mas
procurei manter a calma.
Não podia simplesmente ficar ali
sem fazer nada, procurei olhar para trás para saber quem seria meu agressor, se
é que realmente houvesse um. Tomei um gole da cerveja para criar coragem e
virei para trás e lá estava um par de olhos azuis que me espreitava. Na face um
sorriso.
Quando nossos olhares se
cruzarem um arrepio percorreu toda a extensão do meu corpo, o coração pulsou
acelerado, nunca sentira aquilo. Voltei-me imediatamente, atordoada com a nova
onda de emoções e sentimentos. Senti a garganta secar, pela respiração ofegante.
Busquei novamente a intensidade daqueles olhos, e quando se cruzaram novamente,
faíscas elétricas percorriam meu corpo, queimava como brasa. Passei a língua
pelos lábios secos, meu corpo estava em chamas que ansiava por algo mais do que
uma troca de olhares, a respiração entrecortada e o calor se intensificava a
ponto de se tornar insuportável.
Não compreendia o que estava acontecendo,
mas o fato é que estava embarcando numa loucura, numa quimera. Meu corpo reagia
de uma forma inesperada e eu não conseguia controlar aquelas emoções... e tão
pouco sabia como refrear aquela avalanche de desejo.
Sem saber como agir, pensei em ir
até o banheiro para disfarçar minhas emoções que deviam estar estampadas na
minha face. E foi o que fiz, o banheiro era do outro lado e não corria o risco
de passar perto da mesa onde estava meu objeto de indecisão e de desejo. Fiquei
alguns minutos ali escondida atrás da porta de um dos compartimentos. Ouvia a
porta abrir e fechar várias vezes e todas elas meu coração disparara.
Quando consegui me acalmar,
julguei que já podia sair do meu rápido esconderijo e abri a porta, o banheiro
estava vazio para minha alegria, embora meu coração ainda continuasse batendo
forte, poderia saltar pela boca a qualquer momento.
Quando voltei, tive uma grata
surpresa, em cima da mesa havia um botão de rosa branca e um bilhete. Levei a
mão à boca para abafar o grito e para segurar o coração que agora estava
prestes a pular para fora, mais uma vez. Trêmula peguei o papel para ler o que
estava escrito e me encantei com a delicadeza das palavras do poema:
“Procurava um anjo
que não sabia onde encontrar
Escutei sua voz doce
que não sabia onde encontrar
Escutei sua voz doce
que fez meu coração delirar.
Procurava um anjo e encontrei você”!
A
assinatura levava apenas um R.
Suspirei.
A avalanche de sentimentos era tão forte e intenso que me
desestruturava. Nunca, mas nunca havia acontecido algo semelhante comigo. Não
sabia se deixava fluir e acontecer ou se reprimia os sentimentos maravilhosos.
As borboletas reviravam no meu estômago, alvoroçadas.
Nesses muitos anos de medicina
vivera situações extremadas que não a abalaram tanto quanto aquele momento que
estava sendo único pelos sentimentos que afloravam em meu peito.
Decidi ir embora, deixei o
dinheiro na mesa, levantei e segui para porta, sequer ousei olhar para trás.
Naquele momento desejei não ter saído do meu quarto. Não sabia lidar com a nova
situação que se apresentava diante de mim.
Quando estava a dois passos da
calçada ouvi a voz perguntar.
— Já está indo? Porque tão cedo,
a noite é uma criança.
Sem me virar, olhei para os meus
pés encabulada como uma criança que fora pega fazendo travessuras. Minha
tentativa de sair à francesa saiu pela culatra. E agora, eu me sentia
encurralada. Deixei os braços caírem pesadamente ao longo do corpo, que quase
deixei minha rosa escapulir de minhas mãos nervosas. Virei-me lentamente, não
queria encarar aqueles olhos desconhecidos e tão instantaneamente familiares. Minhas
mãos nervosas estavam trêmulas e por mais que eu quisesse, não conseguia
controlar meus instintos.
Preparei-me para lhe dar uma
resposta, mas as palavras não saiam, o que era incompreensível para mim, algo
me travava enquanto as emoções fluíam como a corredeira de um rio. Senti a
garganta seca e os lábios ressecados. Pressenti a aproximação, mas não pude me
mover como se meus pés tivessem criado raízes profundas.
— E porque não ser feliz? Se for
assim que a felicidade se apresenta para mim, não ia deixar passar a
oportunidade. — pensei numa fração de segundos. O desejo era avassalador e não
podia refreá-lo, não queria na verdade. Estava buscando emoções para minha vida
e suspeitava que houvesse encontrado.
Seus lábios macios pressionaram
os meus, uma torrente de emoções explodiu em meu peito e por mais que a razão
me dissesse que não, meu corpo reagia com uma excitação irrefreável. Nossos
corpos colaram um no outro e o beijo se tornou mais urgente e avassalador. Sem
mais nos contermos, voltamos para o meu quarto no hotel e lá tivemos uma noite
de amor maravilhosa.
Foi ali, naquele ninho de amor,
que descobri algo em mim que jamais imaginaria. Renata tornou-se meu esteio e
meu amor. Descobri a liberdade de amar e ser amada por uma mulher.
De imediato foi difícil para eu
aceitar, já que me julgava hetero. Mudar minha condição sexual de repente,
confesso que me causou certo desconforto. Mas dizem que não nascemos assim, nos
descobrimos.
E essa sensação de liberdade
transformou minha vida por completo.
A vida trilha caminhos que nós seres humanos
desconhecemos, por isso não perca tempo, seja feliz hoje, talvez o amanhã não
chegue!
Glau Tambra
Nota: Todos os Direitos reservados. Nenhuma Parte desta obra pode copiada ou reproduzida sem a prévia autorização da Autora. Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a Realidade é mera Coincidência.
Oi, Glau.
ResponderExcluirAgora você é definitivamente uma blogueira rs.
Bom, já sabe o que penso sobre este conto rs.
Ta...este é um conto escrito para se pensar que a vida
pode mudar quando você menos espera.
Coisas da vida.
Beijos
Fernanda, sua linda!
ExcluirSim, penso que agora adentrei ao mundo blogger definitivamente... rs.
Obrigada. A essência é para se pensar na rotina que a vida se encontra e de repente a avalanche pode mudar tudo!
Bjão!