terça-feira, 1 de maio de 2018

Por que você demora?

Créditos da imagem: Cocoparisienne


   No horizonte, o sol se põe preguiçoso, aos poucos o véu da noite cai e empurra o dia que vai desabando devagar no abismo da linha divisória entre o céu e a terra.

   As cores tingem o céu de tons carmesins que dão lugar ao azul escuro e, na imensidão escura da abóbada celeste, pequeninos pontos já cintilam e meus olhos procuram você entre eles.

   A mais bela de todas as estrelas, que exprime o brilho fulgurante do amor.


   Estou de braços abertos para te receber, meus lábios aguardam o sabor adocicado dos seus beijos e o calor emanado do seu corpo aquece o meu coração que pulsa de amor por você.

   Vem... Por que você demora?

   Deve ser meu amor aumentando e não suporta sua ausência porque a ansiedade corrói a alma.

   A espera... o tempo passa... o tempo para! Fecho os olhos, sinto a brisa da noite tocando meu rosto e o seu perfume preenche minhas narinas.

   Vem... Não demora e me envolve em seus braços para me proteger do medo. O medo de cair no abismo da solidão.

   Não demora... passo os dias olhando o azul do infinito a procura do brilho esverdeado dos seus olhos.

   Vem... Não demora!

   A aflição agoniza meu ser no silêncio da noite fria.

   O tempo passa, os segundos maliciosos são cúmplices da saudade. O tempo passa até chegar as horas robustas apertando o peito.

   As estrelas voltam a cintilar no céu e, mais uma noite, te procuro de braços abertos para recebê-lo. busco o seu toque, seus olhos para que os meus possam refletir o brilho dos teus...

   Talvez algum dia eu possa sentir a ternura e alcançá-lo na existência infinita do Universo.

   O sol já espreita por entre as nuvens, minhas fieis escudeiras, empurrando a lua para o desfiladeiro do horizonte oposto.

   Não ligue se a lua lhe contar que me viu vagando pelos campos, ou me viu colher uma flor num jardim, ou de braços abertos.

   Ela ainda não lhe contou tudo.

   Faltou lhe dizer que meus lábios pronunciavam o teu nome com o coração apertado de saudade onde já não cabe mais amor. A lua não viu meus olhos que refletiam a tristeza da sua espera.

   Talvez você exista;

   Apenas, talvez.

   Em pensamento!






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